Holocausto Infinito I
Sorria, mesmo que seja difícil.
Sorria meu amigo, sorria comigo.
Estamos livres, após cinco anos.
Não somos homens, mas espectros;
Ao menos hoje, espectros livres.
Os grilhões romperam. Olhe o sol!
O sol queima nosssas peles. Luz!
Quanta saudade desta claridade...
Ah, meu amigo, a ferida é imensa
Contudo a esperança há de sarar.
Vamos amigo! Procuremos crianças!
Após tanto tempo como um espectro
O que desejo é um sorriso infantil.
Um sorriso para fazer-me gente!
(Obs: mais um poema sob a marca de Holocausto Infinito.)