Coisas sobre Coisas

Coisas sobre coisas. Uma definição tosca para pensamentos que de elegantes e interessantes não têm nada, mas esforçam-se ser. Aliás, boa definição pra um site que tudo aceitará, comentários, histórias, poemas quem sabe, sobre coisas... coisas sobre coisas... lá vamos nós ver no que dá isso.

2005/08/24

NatiMorta

Para (A)lguém.

Não me deixo seduzir assim tão fácil. É preciso o jogo, o ocultar das intenções, a reserva do sentimento que surge. Não digo ao primeiro instante "te gosto", "te adoro", "te amo", digo sempre depois, sempre quando tenho certeza, consciência, daquilo que digo. Repito, repito e repito o que sinto pois repetir, cuidando para a palavra não perder o sifgnificado, é uma forma que encontro de reforçar o que sinto, o que falo. Pareço sempre redundante, desconfiado, despreocupado, mas não é isso. Ocultar é preciso, pois também tenho a necessidade de ouvir de ti as palavras que digo ou ainda pretendo dizer.

Não me deixo seduzir assim tão fácil. Isso parece não ter te agradado. A falta das frases necessárias pra você, o ar de envolvimento não envolvido de minha parte, a minha insensibilidade diante de alguns desejos teus colocaram algumas barreiras entre nós. E quando você consegue o que pretendia, me envolver, vai saindo assim, do nada, da minha história. Parece querer fugir, evitar estes meus defeitos, ou correr para algo que seja melhor.

Penso em ti. Tento definir se a cor de teus olhos é o azul, o verde ou algo que fica entre as duas cores e se deixa levar pela opinião, pelo momento de quem te olha. A cada mulher que vejo reconheço teus traços, procuro na improbabilidade um encontro inesperado contigo. Sinto ciúmes, me preocupo, fico angustiado com esta ausência tua.

Não me deixo seduzir assim tão fácil. Mas você conseguiu minha paixão. E pra que? Pra me deixar sozinho, triste e saudoso. Pra me deixar aqui, com esta paixão natimorta.

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